Lição 03 – 16 de julho de 2023 – Editora BETEL
Joel –
mensagem de juízo, um chamado ao arrependimento e promessas
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Sobre Joel
Os Profetas Menores – Introdução. Os profetas menores eram homens cheios do Espírito de Deus e possuíam características, como, conhecimentos revelados por Deus, poderes outorgados por Deus e um estilo de vida simples e de renúncia.
Esses homens foram escolhidos por Deus para cumprir uma missão: “conduzir o povo à presença e à vontade de Deus”. Suas mensagens, resumindo, enfatizavam a natureza de Deus, o pecado e o arrependimento, e, a predição e esperança messiânica.
Nesta revista do 2º trimestre de 2023 estudaremos os Profetas Menores que totalizam 12 livros, que vão de Oséias até Malaquias no Antigo Testamento. São assim chamados pois abordaram os fatos ocorridos com o povo de Deus, Israel (Reino do Norte) e Judá (Reino do Sul), de forma sucinta. Muitos deles foram contemporâneos e algumas profecias proferidas ao mesmo tempo.
Podemos dizer que se dividem em três grupos:
● Os profetas de Israel: Jonas, Amós e Oséias.
● Os profetas de Judá: Obadias, Joel, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias.
● Os profetas pós-cativeiro: Ageu, Zacarias e Malaquias.
Entretanto, cronologicamente temos:
● Obadias e Joel: 850-800 a.C.
● Jonas, Oséias, Amós e Miquéias: 780-700 a.C.
● Naum, Sofonias e Habacuque: 700-600 a.C.
● Ageu, Zacarias e Malaquias: 520-420 a.C.
Os
temas abordados por esses homens tem relação com o Dia do Senhor e com os
Atributos de Deus. Suas mensagens eram dirigidas ao povo de Israel, contudo,
notamos que essas mensagens são ainda para os nossos dias.
O livro de Joel: O
livro de Joel não cita nenhum rei, ou evento histórico, por isso não se pode
determinar o período de seu ministério. Acredita-se que tenha ocorrido durante
os primeiros dias do rei Joás (835-830 a.C.). Este rei subiu ao trono com sete
anos de idade e estava sob a orientação do sacerdote Joiada (2Reis 11.21). Isso
explicaria o destaque dos sacerdotes neste período e a ausência de referência à
realeza.
Joel é
o próprio autor. Seu nome significa “O Senhor
é Deus”; e identifica-se como o filho de Petuel.
Era profeta em Judá e Jerusalém, e sua familiaridade com os sacerdotes sugere
ter sido ele um profeta “sacerdotal” que proclamou a verdadeira palavra do Senhor.
O tema
de Joel e seu estilo literário identificam-se mais com os profetas Amós,
Miquéias e Isaías, do que com os profetas pós-exílio, Ageu, Zacarias,
Malaquias. Joel fala do grande e terrível Dia do Senhor.
Sua
mensagem foi ocasionada por uma forte seca e uma devastadora praga de
gafanhotos. O profeta viu esses acontecimentos como um castigo de Deus, por
causa do pecado do povo. Ele, também, retratou esta invasão de gafanhotos como
um exército, um prenúncio de uma grande campanha militar a ser desencadeada no
Dia do Senhor.
Uma
fome assustadora, causada por uma terrível praga de gafanhotos, seguida de
prolongada seca, havia devastado a terra. O povo e os rebanhos estavam morrendo
de fome e de sede. Joel fala a Judá usando o juízo presente, representado pela
praga de gafanhotos. Ele chama o povo ao arrependimento. Quer poupá-los de
juízos ainda maiores, que viriam pelas mãos de exércitos inimigos.
Joel
descreve a praga de modo vivo, e pede aos anciãos que confirmem o fato de nunca
ter havido coisa assim antes. “Aconteceu
isso em vossos dias? Ou também nos dias de vossos pais?” (Joel 1.2), ele pergunta aos anciãos. E continua. Os beberrões
sentiram o efeito dela porque as vides estavam destruídas (Joel 1.5); os
sacerdotes não tinham nem oferta de manjares, nem libação para oferecer (Joel 1.9);
o gado mugia e as ovelhas baliam nos campos, estavam morrendo (Joel 1.20). Joel
convocou o povo para um jejum. “Santificai
um jejum, apregoai um dia de proibição, congregai os anciãos e os moradores,
(...) e clamai ao Senhor” (Joel 1.14). Aí
então ele continua a descrever a praga. O profeta convida o povo a considerar a
causa da calamidade. Devem arrepender-se sinceramente, se quiserem ser poupados
de outro juízo. O povo desesperado ouvia atentamente. Foi uma hora oportuna
para Joel, porque pensava, os homens voltar-se-iam para Deus.
O
capítulo 2 inicia-se com o som da trombeta convocando o povo para um grande
jejum. “Tocai a buzina em Sião e
clamai em alta voz” (Joel 2.1). Todos estavam presentes,
velhos e moços. Os sacerdotes, vestidos de pano de saco preto, curvam-se no
chão e clamam a Deus dentro do santuário. Era um acontecimento para trazer o
povo de volta a Deus.
Os
gafanhotos transformaram tudo em deserto desolador. Cobrem o céu e obscurecem o
sol como um eclipse. Estendem-se por quilômetros sobre a terra. Em poucos
minutos, toda folha e toda haste são destruídas. O povo abre valas e acende
fogueiras e queima montes de insetos, mas esse esforço é completamente inútil.
Seu voo é ouvido a quilômetros de distância, como o crepitar de um incêndio (Joel
2.5). A terra por onde passaram estava como se devastada pelo fogo (Joel 2.3).
Depois de devastados os campos, vão para as cidades e comem tudo que pode ser
consumido (Joel 2.4, 7-9). “Rasgai o
vosso coração” (Joel 2.13). O profeta reivindica
corações contritos e quebrantados. Se os israelitas se apartassem de seus
pecados e voltassem para Deus, Ele teria misericórdia do povo. E Joel continua:
“Chorem os sacerdotes, ministros
do Senhor” (Joel 2.17). O profeta espera que
seus ministros intercedam com inteireza de coração para que o povo seja poupado
da calamidade física e espiritual.
O
profeta assegura ao povo que Deus realmente vai derramar tanto bênçãos
temporais (Joel 2.18-27) como espirituais (Joel 2.28-32). Deus fala na restituição
material; Ele faz a promessa: “Restituir-vos-ei
os anos que foram consumidos pelo gafanhoto (...) o meu grande exército que
enviei contra vós” (Joel 2.25).
Joel
prediz o dia em que Deus derramará o seu Espírito sobre todo aquele que invocar
o nome do Senhor. Deus mandará libertação do céu. “E acontecerá que depois que derramarei o meu Espírito sobre toda
a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e
vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o
meu Espírito naqueles dias” (Joel 2.28-29).
Libertação
espiritual é a grande promessa central do livro de Joel. Outros profetas
predisseram pormenores a respeito da vida de Jesus na terra, e até mesmo do seu
reino futuro. A Joel coube o privilégio de predizer que Ele iria derramar o seu
Espírito sobre toda a carne. Diz ele que essa benção emanará de Jerusalém.
O
capítulo 3, trata da futura restauração de Israel e do juízo de Deus sobre
todas as nações do mundo. Joel trata do fim das nações adversárias de Judá. O
Senhor as juntará no Vale de Josafá, que significa “Jeová Julga” e representa os
juízos de Deus durante a tribulação, culminando na batalha de Armagedon.
A fúria
de Deus recai sobre eles porque roubaram o ouro e os tesouros do Senhor e os
colocaram em templos pagãos (Joel 3.5); dividiram a terra do Senhor entre si (Joel
3.2); venderam os filhos dos judeus e os espalharam pelo mundo afora (Joel 3.6).
Seriam por isso duramente castigados.
O livro
de Joel termina (Joel 3.17-21) com a promessa de que Jerusalém seria libertada
de seus inimigos, e a benção divina haveria de ser derramada sobre o povo de
Israel. “E vós sabereis que eu sou o
Senhor, vosso Deus, que habito em Sião, o monte da minha santidade; estranhos não
passarão por ela” (Joel 3.17).
Joel
desejava que o povo de Judá compreendesse o que Deus estava lhes dizendo por meio
da praga e da seca. Em nosso tempo, as nações do mundo estão passando por secas
e fome severas, epidemias assustadoras, terremotos inesperados, enchentes
devastadoras e outras "catástrofes
naturais", sendo que tudo isso tem afetado
profundamente a economia global e, no entanto, poucas pessoas se perguntam: "O que Deus está nos dizendo?" Joel escreveu seu livro para que o povo soubesse o que Deus estava lhes
dizendo por meio desses acontecimentos críticos.
O
profeta anunciou o "Dia do
Senhor" e aplicou-o a três acontecimentos:
● A
praga de gafanhotos,
● A
futura invasão da Assíria e,
● O
julgamento distante que o Senhor enviaria sobre todo o mundo.
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º
Trimestre de 2023, ano 33 nº 127 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Gênesis – A segurança de viver pela fé nas promessas de
Deus – Bispo Abner Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
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Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida – 2014
– Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo
Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento -
William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.
Editora
Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento –
Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
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