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quinta-feira, 27 de julho de 2023

Lição 01 - 3º trimestre de 2023 - Mensagens proféticas - Deus continua falando

Lição 01 – 02 de julho de 2023 – Editora BETEL

Mensagens proféticas – Deus continua falando

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Sobre os profetas de Deus

Temos, agora, através da Revista Betel do 3º trimestre de 2023, diante de nós os doze profetas menores, os quais alguns dos antigos, ao avaliarem os livros do Antigo Testamento, reúnem todos juntos, e os consideram como um único livro.

Eles são chamados de profetas menores, não porque seus escritos sejam menores em autoridade ou utilidade do que os escritos dos profetas maiores, ou como se Deus tivesse menos consideração por estes profetas, mas somente porque eles são mais curtos, e menores em volume do que os outros. Estes profetas pregaram tanto quanto os outros, mas não escreveram tanto, nem está registrada boa parte da sua pregação. Muitos profetas excelentes não escreveram nada, e outros apenas um pouco; no entanto, todos foram muito úteis em seus dias.

E assim, na igreja cristã existiram muitas luzes ardentes e brilhantes que não são conhecidas pela posteridade pelos escritos, mas que não foram de modo algum inferiores em dons, e graças, e utilidade para a sua própria geração, do que aqueles que são conhecidos; e alguns que deixaram para trás apenas um pouco, e não aparecem como figuras importantes entre os autores, foram homens tão valiosos quanto os autores volumosos. Estes doze profetas pequenos, diz Flávio Josefo, foram colocados em um único volume pelos homens da grande sinagoga no tempo de Esdras, um grupo de homens instruídos e piedosos, do qual supõem-se que os três últimos destes doze profetas tenham sido membros.

Estas são as porções que restaram das Escrituras inspiradas que foram espalhadas. Os antiquários valorizam a fragmenta veterum - os fragmentos da antiguidade; estes são os fragmentos de profecia, que estão reunidos cuidadosamente pela Providência divina e pelo cuidado da igreja, para que nada seja perdido, como as curtas epístolas de Paulo, depois das suas longas epístolas. O filho de Siraque (Eclesiástico 49.10 – Bíblia de Jerusalém), fala destes doze profetas com respeito, como homens que fortaleceram Jacó.

Nove destes profetas profetizaram antes do cativeiro, e os últimos três depois do retorno dos judeus para a sua própria terra. Há alguma diferença na ordem desses livros. Foram colocados como os antigos hebreus os colocaram; e todos concordam em colocar Oséias primeiro; mas a questão da idade não é essencial. E, se desejarmos colocá-los em ordem cronológica, encontraremos dificuldades, pois a idade de alguns deles não é conhecida com certeza.

2 Pedro 1.20-21. Vemos aqui uma de duas declarações importantes das Escrituras acerca da inspiração divina da Palavra de Deus. A outra passagem é 2 Timóteo 3.14-17. Pedro afirma que as Escrituras não foram redigidas por homens que usaram as próprias idéias e palavras, mas sim por homens de Deus "movidos pelo Espírito Santo". O termo traduzido por "movidos" significa "ser conduzido, como uma embarcação é levada pelo vento". As Escrituras não foram inventadas por homens, mas sim inspiradas por Deus.

Mais uma vez, Pedro refuta as doutrinas dos apóstatas. Ensinavam com "palavras fictícias" (2 Pedro 2.3) e distorciam as Escrituras de modo a fazê-las significar outra coisa (2 Pedro 3.16). Negavam a promessa da vinda de Cristo (2 Pedro 3.3-4) e, desse modo, contradiziam as próprias Escrituras proféticas.

Uma vez que foi o Espírito quem deu a Palavra, somente o Espírito pode ensinar e interpretar a Palavra corretamente (ver 1 Coríntios 2.14-15). É evidente que todo falso mestre afirma ser "guiado pelo Espírito", mas logo é desmascarado pela forma como maneja a Palavra de Deus. Uma vez que a Bíblia não veio a existir pela volição humana, também não pode ser compreendida pela volição humana. Até mesmo Nicodemos, um homem religioso e líder dos judeus, mostrou-se ignorante das doutrinas mais essenciais da Palavra de Deus (João 3.10-12).

Em 2 Pedro 1.20, Pedro não proíbe o cristão de estudar a Bíblia sozinho. Alguns grupos religiosos ensinam que somente os "líderes espirituais" podem ensinar as Escrituras e usam esse versículo para defender tal idéia. Mas Pedro não está escrevendo primeiramente sobre a interpretação das Escrituras, mas sim sobre sua origem: são provenientes do Espírito Santo por meio de homens santos de Deus. E, uma vez que vieram do Espírito, devem ser ensinadas pelo Espírito.

A palavra traduzida por "particular" significa "pertencente a alguém" ou "próprio". Essa afirmação sugere que, uma vez que todas as Escrituras foram inspiradas pelo Espírito, devem apresentar coerência, e nenhum de seus textos pode ser separado do todo. Ao isolar um versículo de seu contexto verdadeiro, é possível usar a Bíblia para provar praticamente qualquer coisa, sendo essa, exatamente, a abordagem empregada pelos falsos mestres. Pedro afirma que o testemunho dos apóstolos confirmou o testemunho da Palavra profética; trata-se de uma mensagem sem contradições. Portanto, a única maneira de os falsos mestres "provarem" suas doutrinas heréticas é pelo uso indevido da Palavra de Deus. Textos isolados fora de seu contexto transformam-se em pretexto.

A Palavra de Deus foi escrita para pessoas comuns, não para professores de teologia. Os autores partiram do pressuposto de que suas palavras seriam lidas, compreendidas e aplicadas por gente comum, guiada pelo mesmo Espírito Santo que inspirou tais palavras. Até o cristão mais humilde pode aprender sobre Deus ao ler e meditar acerca da Palavra de Deus; não precisa de "especialistas" para lhe mostrar a verdade, No entanto, isso não nega o ministério dos mestres na Igreja (Efésios 4.11), pessoas especiais que têm o dom de explicar e aplicar as Escrituras. Também não nega a "sabedoria coletiva" da Igreja, uma vez que, no decorrer das eras, essas doutrinas foram definidas e refinadas. Os mestres e os credos têm seu lugar, mas não devem usurpar a autoridade da Palavra, substituindo-a pela consciência do cristão individual.

Até o dia amanhecer, é preciso certificar-se de que o amor pela vinda de Cristo é como uma estrela resplandecente no coração (2 Pedro 1.19). Quem ama Sua vinda espera por ela; e é a Palavra que mantém acesa essa expectativa.

Os homens morrem, mas a Palavra vive. As experiências passam, mas a Palavra permanece. O mundo escurece, mas a luz profética resplandece cada vez mais. O cristão que edifica a vida na Palavra de Deus e que espera a vinda do Salvador dificilmente será enganado por falsos mestres. Antes, será ensinado pelo Espírito e firmado na Palavra fiel de Deus.

A mensagem de Pedro é: "despertem e lembrem-se!". Há igrejas que dão espaço para o diabo atuar. O inimigo da parábola em Mateus 13.24 a seguir semeou o joio enquanto os homens dormiam.

O apóstolo insta-nos a permanecer alertas. "Despertem e lembrem-se!".

2 Pedro 1.16-21. O tema central deste parágrafo é a transfiguração de Jesus Cristo. Essa experiência é relatada por Mateus 17.1 a seguir, Marcos 9.28 e Lucas 9.28-36; no entanto, nenhum desses autores estava presente quando ela ocorreu! Mas Pedro estava lá! Aliás, suas palavras nesta seção (2 Pedro 1.12-18) trazem à memória exatamente sua experiência no monte da transfiguração. Ele usa o termo "tabernáculo" duas vezes (2 Pedro 1.13-14), sugerindo suas palavras no monte: "Farei aqui três tendas" (Mateus 17.4). Em 2 Pedro 1.15, usa o termo "partida", exodus em grego, palavra usada em Lucas 9.31. Jesus não considerou sua morte na cruz uma derrota, mas sim um "êxodo": livraria seu povo da escravidão da mesma forma que Moisés livrara o povo de Israel do Egito! Pedro descreve a própria morte como um "êxodo", uma libertação da escravidão.

Convém observar o uso repetitivo da primeira pessoa do plural em 2 Pedro 1.16-19. Trata-se de uma referência a Pedro, Tiago e João - os únicos apóstolos que acompanharam Jesus no monte da transfiguração (João refere-se a essa experiência em João 1.14: "e vimos a sua glória"). Esses três homens só compartilharam com os outros o que havia ocorrido no monte depois da ressurreição de Jesus (Mateus 17.9).

Qual foi o significado da transfiguração? Em primeiro lugar, confirmou o testemunho de Pedro acerca de Jesus Cristo (Mateus 16.13-16). Pedro viu o Filho em sua glória e ouviu o Pai dizer do céu: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (2 Pedro 1.17).

Não testemunhamos pessoalmente a transfiguração, mas Pedro estava lá e apresenta um registro preciso de sua experiência na carta que escreveu inspirado pelo Espírito de Deus. As experiências passam, mas a Palavra de Deus permanece! As experiências são subjetivas, mas a Palavra de Deus é objetiva. As experiências podem ser interpretadas de diferentes formas pelos vários participantes, mas a Palavra de Deus apresenta uma única mensagem clara. As memórias de nossas experiências podem ser distorcidas inconscientemente, mas a Palavra de Deus não muda e permanece para sempre.

Ao estudar 2 Pedro, vemos que os mestres apóstatas tentavam fazer o povo desviar-se da Palavra de Deus e buscar "experiências mais profundas" contrárias à Palavra. Esses falsos mestres usavam "palavras fictícias" em vez da Palavra inspirada de Deus (2 Pedro 2.3) e ensinavam "heresias destruidoras" (2 Pedro 2.1). Em outras palavras, trata-se de uma questão de vida ou morte! Quem crê na verdade vive, mas quem crê em mentiras morre. É a diferença entre a salvação e a condenação.

Convém lembrar a declaração maravilhosa de Pedro no início desta epístola acerca da "fé igualmente preciosa". Isso significa que nossa fé é tão preciosa quanto a dos apóstolos! Eles não viajaram de primeira classe e nos deixaram aqui para viajar de classe econômica. Pedro escreve "aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa" (grifo nosso). Não estamos no monte da transfiguração, mas ainda assim podemos nos beneficiar dessa experiência ao meditar sobre ela e permitir que o Espírito de Deus revele as glórias de Jesus Cristo.

Por meio desses contrastes, aprendemos duas verdades importantes: os homens morrem, mas a Palavra de Deus continua sempre viva; as experiências passam, mas a Palavra de Deus permanece.

Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2023, ano 33 nº 127 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Gênesis – A segurança de viver pela fé nas promessas de Deus – Bispo Abner Ferreira.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.

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