Lição 01 – 02 de julho de 2023 – Editora BETEL
Mensagens
proféticas – Deus continua falando
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Sobre os profetas
de Deus
Temos,
agora, através da Revista Betel do 3º trimestre de 2023, diante de nós os doze
profetas menores, os quais alguns dos antigos, ao avaliarem os livros do Antigo
Testamento, reúnem todos juntos, e os consideram como um único livro.
Eles
são chamados de profetas menores, não porque seus escritos sejam menores em
autoridade ou utilidade do que os escritos dos profetas maiores, ou como se
Deus tivesse menos consideração por estes profetas, mas somente porque eles são
mais curtos, e menores em volume do que os outros. Estes profetas pregaram
tanto quanto os outros, mas não escreveram tanto, nem está registrada boa parte
da sua pregação. Muitos profetas excelentes não escreveram nada, e outros
apenas um pouco; no entanto, todos foram muito úteis em seus dias.
E
assim, na igreja cristã existiram muitas luzes ardentes e brilhantes que não
são conhecidas pela posteridade pelos escritos, mas que não foram de modo algum
inferiores em dons, e graças, e utilidade para a sua própria geração, do que
aqueles que são conhecidos; e alguns que deixaram para trás apenas um pouco, e
não aparecem como figuras importantes entre os autores, foram homens tão
valiosos quanto os autores volumosos. Estes doze profetas pequenos, diz Flávio Josefo,
foram colocados em um único volume pelos homens da grande sinagoga no tempo de
Esdras, um grupo de homens instruídos e piedosos, do qual supõem-se que os três
últimos destes doze profetas tenham sido membros.
Estas
são as porções que restaram das Escrituras inspiradas que foram espalhadas. Os
antiquários valorizam a fragmenta veterum - os fragmentos
da antiguidade; estes são os fragmentos de profecia,
que estão reunidos cuidadosamente pela Providência divina e pelo cuidado da
igreja, para que nada seja perdido, como as curtas epístolas de Paulo, depois
das suas longas epístolas. O filho de Siraque (Eclesiástico 49.10 – Bíblia de
Jerusalém), fala destes doze profetas com respeito, como homens que fortaleceram
Jacó.
Nove destes
profetas profetizaram antes do cativeiro, e os últimos três depois do retorno
dos judeus para a sua própria terra. Há alguma diferença na ordem desses
livros. Foram colocados como os antigos hebreus os colocaram; e todos concordam
em colocar Oséias primeiro; mas a questão da idade não é essencial. E, se
desejarmos colocá-los em ordem cronológica, encontraremos dificuldades, pois a
idade de alguns deles não é conhecida com certeza.
2 Pedro 1.20-21. Vemos
aqui uma de duas declarações importantes das Escrituras acerca da inspiração
divina da Palavra de Deus. A outra passagem é 2 Timóteo 3.14-17. Pedro afirma
que as Escrituras não foram redigidas por homens que usaram as próprias idéias
e palavras, mas sim por homens de Deus "movidos pelo Espírito
Santo". O termo traduzido por "movidos" significa "ser
conduzido, como uma embarcação é levada pelo vento". As Escrituras não
foram inventadas por homens, mas sim inspiradas por Deus.
Mais uma
vez, Pedro refuta as doutrinas dos apóstatas. Ensinavam com "palavras
fictícias" (2 Pedro 2.3) e distorciam as Escrituras de modo a fazê-las
significar outra coisa (2 Pedro 3.16). Negavam a promessa da vinda de Cristo (2
Pedro 3.3-4) e, desse modo, contradiziam as próprias Escrituras proféticas.
Uma vez que
foi o Espírito quem deu a Palavra, somente o Espírito pode ensinar e
interpretar a Palavra corretamente (ver 1 Coríntios 2.14-15). É evidente que
todo falso mestre afirma ser "guiado pelo Espírito", mas logo
é desmascarado pela forma como maneja a Palavra de Deus. Uma vez que a Bíblia
não veio a existir pela volição humana, também não pode ser compreendida pela
volição humana. Até mesmo Nicodemos, um homem religioso e líder dos judeus,
mostrou-se ignorante das doutrinas mais essenciais da Palavra de Deus (João 3.10-12).
Em 2 Pedro
1.20, Pedro não proíbe o cristão de estudar a Bíblia sozinho. Alguns grupos
religiosos ensinam que somente os "líderes espirituais" podem
ensinar as Escrituras e usam esse versículo para defender tal idéia. Mas Pedro
não está escrevendo primeiramente sobre a interpretação das Escrituras, mas sim
sobre sua origem: são provenientes do Espírito Santo por meio de homens santos
de Deus. E, uma vez que vieram do Espírito, devem ser ensinadas pelo Espírito.
A
palavra traduzida por "particular" significa "pertencente
a alguém" ou "próprio". Essa afirmação sugere que,
uma vez que todas as Escrituras foram inspiradas pelo Espírito, devem
apresentar coerência, e nenhum de seus textos pode ser separado do todo. Ao
isolar um versículo de seu contexto verdadeiro, é possível usar a Bíblia para
provar praticamente qualquer coisa, sendo essa, exatamente, a abordagem
empregada pelos falsos mestres. Pedro afirma que o testemunho dos apóstolos
confirmou o testemunho da Palavra profética; trata-se de uma mensagem sem
contradições. Portanto, a única maneira de os falsos mestres "provarem"
suas doutrinas heréticas é pelo uso indevido da Palavra de Deus. Textos
isolados fora de seu contexto transformam-se em pretexto.
A
Palavra de Deus foi escrita para pessoas comuns, não para professores de
teologia. Os autores partiram do pressuposto de que suas palavras seriam lidas,
compreendidas e aplicadas por gente comum, guiada pelo mesmo Espírito Santo que
inspirou tais palavras. Até o cristão mais humilde pode aprender sobre Deus ao
ler e meditar acerca da Palavra de Deus; não precisa de "especialistas"
para lhe mostrar a verdade, No entanto, isso não nega o ministério dos mestres
na Igreja (Efésios 4.11), pessoas especiais que têm o dom de explicar e aplicar
as Escrituras. Também não nega a "sabedoria coletiva" da
Igreja, uma vez que, no decorrer das eras, essas doutrinas foram definidas e
refinadas. Os mestres e os credos têm seu lugar, mas não devem usurpar a
autoridade da Palavra, substituindo-a pela consciência do cristão individual.
Até o
dia amanhecer, é preciso certificar-se de que o amor pela vinda de Cristo é
como uma estrela resplandecente no coração (2 Pedro 1.19). Quem ama Sua vinda
espera por ela; e é a Palavra que mantém acesa essa expectativa.
Os homens
morrem, mas a Palavra vive. As experiências passam, mas a Palavra permanece. O
mundo escurece, mas a luz profética resplandece cada vez mais. O cristão que
edifica a vida na Palavra de Deus e que espera a vinda do Salvador dificilmente
será enganado por falsos mestres. Antes, será ensinado pelo Espírito e firmado
na Palavra fiel de Deus.
A
mensagem de Pedro é: "despertem e lembrem-se!". Há igrejas que
dão espaço para o diabo atuar. O inimigo da parábola em Mateus 13.24 a seguir
semeou o joio enquanto os homens dormiam.
O apóstolo
insta-nos a permanecer alertas. "Despertem e lembrem-se!".
2 Pedro 1.16-21. O tema
central deste parágrafo é a transfiguração de Jesus Cristo. Essa experiência é
relatada por Mateus 17.1 a seguir, Marcos 9.28 e Lucas 9.28-36; no entanto,
nenhum desses autores estava presente quando ela ocorreu! Mas Pedro estava lá!
Aliás, suas palavras nesta seção (2 Pedro 1.12-18) trazem à memória exatamente
sua experiência no monte da transfiguração. Ele usa o termo "tabernáculo"
duas vezes (2 Pedro 1.13-14), sugerindo suas palavras no monte: "Farei
aqui três tendas" (Mateus 17.4). Em 2 Pedro 1.15, usa o termo "partida",
exodus em grego, palavra usada em Lucas 9.31. Jesus não considerou sua
morte na cruz uma derrota, mas sim um "êxodo": livraria seu
povo da escravidão da mesma forma que Moisés livrara o povo de Israel do Egito!
Pedro descreve a própria morte como um "êxodo", uma libertação
da escravidão.
Convém
observar o uso repetitivo da primeira pessoa do plural em 2 Pedro 1.16-19.
Trata-se de uma referência a Pedro, Tiago e João - os únicos apóstolos que
acompanharam Jesus no monte da transfiguração (João refere-se a essa
experiência em João 1.14: "e vimos a sua glória"). Esses três
homens só compartilharam com os outros o que havia ocorrido no monte depois da
ressurreição de Jesus (Mateus 17.9).
Qual foi
o significado da transfiguração? Em primeiro lugar, confirmou o testemunho de
Pedro acerca de Jesus Cristo (Mateus 16.13-16). Pedro viu o Filho em sua glória
e ouviu o Pai dizer do céu: "Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo" (2 Pedro 1.17).
Não
testemunhamos pessoalmente a transfiguração, mas Pedro estava lá e apresenta um
registro preciso de sua experiência na carta que escreveu inspirado pelo
Espírito de Deus. As experiências passam, mas a Palavra de Deus permanece! As
experiências são subjetivas, mas a Palavra de Deus é objetiva. As experiências
podem ser interpretadas de diferentes formas pelos vários participantes, mas a
Palavra de Deus apresenta uma única mensagem clara. As memórias de nossas
experiências podem ser distorcidas inconscientemente, mas a Palavra de Deus não
muda e permanece para sempre.
Ao
estudar 2 Pedro, vemos que os mestres apóstatas tentavam fazer o povo
desviar-se da Palavra de Deus e buscar "experiências mais profundas"
contrárias à Palavra. Esses falsos mestres usavam "palavras fictícias"
em vez da Palavra inspirada de Deus (2 Pedro 2.3) e ensinavam "heresias
destruidoras" (2 Pedro 2.1). Em outras palavras, trata-se de uma
questão de vida ou morte! Quem crê na verdade vive, mas quem crê em mentiras
morre. É a diferença entre a salvação e a condenação.
Convém
lembrar a declaração maravilhosa de Pedro no início desta epístola acerca da "fé
igualmente preciosa". Isso significa que nossa fé é tão preciosa
quanto a dos apóstolos! Eles não viajaram de primeira classe e nos deixaram
aqui para viajar de classe econômica. Pedro escreve "aos que conosco
obtiveram fé igualmente preciosa" (grifo nosso). Não estamos no monte
da transfiguração, mas ainda assim podemos nos beneficiar dessa experiência ao
meditar sobre ela e permitir que o Espírito de Deus revele as glórias de Jesus
Cristo.
Por meio
desses contrastes, aprendemos duas verdades importantes: os homens morrem, mas
a Palavra de Deus continua sempre viva; as experiências passam, mas a Palavra de
Deus permanece.
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º
Trimestre de 2023, ano 33 nº 127 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Gênesis – A segurança de viver pela fé nas promessas de
Deus – Bispo Abner Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida – 2014
– Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo
Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento -
William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.
Editora
Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento –
Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
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