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Lição 02 – 09 de julho de
2023 – Editora BETEL
Oséias –
o amor de Deus e a chamada ao arrependimento
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Sobre Oséias
Os estudiosos consideram Amós o líder dos que libertariam a religião de
sua relação antinatural com a tirania, o egoísmo, o cerimonialismo e a
superstição. Em comparação com ele, Oséias é considerado o profeta mais antigo
que interpretou a vontade de Jeová relacionada ao amor. Conforme observou
George Adam Smith: “Não há
verdade dita pelo antigos profetas sobre a graça divina que não encontremos
embrionariamente neste profeta. Ele é o primeiro profeta da graça, o primeiro
evangelista de Israel”.
O teor da profecia é um testemunho dinâmico e severo contra o Reino do
Norte por ter se apostatado do concerto. Todos conheciam bem a corrupção que
campeava pela nação no âmbito das questões públicas e particulares.
O propósito de Oséias era o de convencer seus compatriotas sobre a
necessidade de se arrependerem, restabelecerem a relação de concerto e
dependerem do Deus paciente, compassivo e perdoador. “Oséias apresenta a ameaça e a promessa do
ponto de vista do amor de Yahweh (Jeová) por Israel como seus filhos queridos e
como a sua esposa do concerto”.
A doutrina do amor de Deus apresentada por Oséias não era inédita;
contudo, foi expressa com clareza e propósito. Ainda que sua mensagem não
esteja na lista dos principais profetas por causa da brevidade de suas
declarações, deve constar entre as mais importante em termos de compreensão das
Escrituras. Oséias era mais poeta que teólogo - o apóstolo João do Antigo
Testamento.
O nome “Oséias”, como “Josué” e “Jesus”, é derivado do radical hebraico que significa “salvação”.
E idêntico ao nome do último rei de Israel.
A erudição bíblica reconhece amplamente que Oséias era nativo do Reino
do Norte, pois ele conhecia profundamente todos os aspectos da vida de Efraim.
Escreve na qualidade de testemunha ocular. Exceto o nome de seu pai e o
casamento com Gômer, há poucos detalhes sobre sua vida. Supõe-se que era
sacerdote, apesar de não haver indicativo a esse respeito. Tinha em alto
conceito o dever sacerdotal e faz numerosas referências aos sacerdotes (4.6-9;
5.1; 6.9), à Torá ou lei de
Deus (4.6; 8.12), às coisas impuras (9.3),
às abominações e à opressão da “casa de
Deus”. Entendia bem a lei escrita e
conhecia Israel pessoalmente. Sabemos pouco acerca de seu ministério efetivo, a
não ser que foi perseguido muito provavelmente por causa de seu trabalho
profético (9.7,8).
Oséias concede-nos a data de sua profecia no título do livro: “Palavra do SENHOR que foi dita a Oséias,
filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos
dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel” (1.1).
Há notável diferença de julgamento quanto à duração do ministério de
Oséias. O caráter fragmentário das profecias sugere que nem todas foram
entregues no mesmo período da vida do profeta. Archer deduz que parte da
escrita deve ser datada antes da morte de Jeroboão II (753 a.C.), “visto que o capítulo 1 interpreta o
significado simbólico de Jezreel com o sentido de que a dinastia de Jeú deve
ser exterminada com violência”.
Quando Salum assassinou Zacarias, filho de Jeroboão, a profecia se
cumpriu. Por outro lado, parece que o capítulo 5 é dirigido ao rei Menaém
(752-742 a.C.). Levando em conta que o capítulo 7 trata da “dupla-diplomacia” de lançar a Assíria contra o Egito (fato não conhecido antes do
reinado do rei Oséias, 732-723 a.C.), temos de admitir que este capítulo vem de
10 a 20 anos depois do capítulo 5. É lógico que o livro apresenta trechos selecionados
de sermões entregues durante certo período. Archer conclui que o ministério de
Oséias abrangia um período de pelo menos 25 anos, sendo que a compilação final
foi concluída e publicada em 725 a.C., uns 30 anos depois do início do ministério
deste profeta.
Por outro lado, Cari Keil, estudioso alemão, acredita que Oséias manteve
seu ofício profético entre 60 e 65 anos. (A discrepância está entre a duração
do “ofício” em oposição ao tempo efetivo das declarações proféticas.) Este cálculo
é 27 a 30 anos sob o reinado de Uzias, 31 anos sob o reinado de Jotão e Acaz, e
de 1 a 3 anos sob o reinado de Ezequias.
Ainda que tenhamos justificativa em presumir que o ministério de Oséias
durou o tempo indicado em 1.1, as evidências internas do livro apontam épocas
extensamente divergentes das efetivas declarações proféticas - um período que pode
ter sido consideravelmente mais curto que o indicado pelo título.
Mesmo que a verdadeira extensão do ministério de Oséias possa
permanecer em dúvida, sabemos que Amós foi seu contemporâneo nos primeiros anos
de seu ministério, e que Isaías, Miquéias e Obadias conviveram com ele durante
os seus últimos anos.
Os profetas às vezes fazem coisas estranhas. Por três anos, Isaías
perturbou as pessoas andando pelas ruas vestido como um prisioneiro de guerra.
Durante vários meses, Jeremias carregou um jugo sobre os ombros. O profeta
Ezequiel comportou-se como um menino "brincando
de guerra" e, em certa ocasião, usou um corte de
cabelo como ilustração teológica. Depois da morte súbita de sua esposa,
Ezequiel transformou sua experiência dolorosa num sermão. Por que esses homens
fizeram tais esquisitices?
Essas "coisas
esquisitas", na verdade, foram gestos de
misericórdia. O povo de Deus havia se tornado surdo para a voz do Senhor e não
se importava mais com sua aliança.
O Senhor chamou seus servos a fazer coisas incomuns - "sermões práticos" – na esperança de que o povo despertasse e ouvisse o que Deus tinha a
dizer. Só então poderiam ser poupados da disciplina e do julgamento divinos.
No entanto, nenhum profeta pregou um "sermão prático" mais
doloroso que Oséias. Ele foi instruído a casar-se com uma prostituta chamada
Gômer que lhe deu três filhos, sendo que o profeta nem sequer tinha certeza de
que era o pai das duas últimas crianças.
Então, Gômer abandonou-o para juntar-se com outro homem, e coube a
Oséias a responsabilidade humilhante de comprar de volta sua própria esposa.
O que vem a ser tudo isso? Trata-se de um retrato muito claro daquilo
que o povo de Israel havia feito com seu Deus, prostituindo-se com ídolos e
cometendo "adultério espiritual".
Uma vez que o povo de Deus, nos dias de hoje, se vê diante da mesma tentação
(Tiago 4.4), devemos considerar aquilo que Oséias escreveu a seu povo. Cada uma
das pessoas desse drama - Oséias, Gômer e os filhos - nos ensina uma lição
espiritual importante sobre o Deus a quem Israel estava desobedecendo e
entristecendo.
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º
Trimestre de 2023, ano 33 nº 127 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Gênesis – A segurança de viver pela fé nas promessas de
Deus – Bispo Abner Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida – 2014
– Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo
Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento -
William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.
Editora
Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento –
Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.
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