Seguidores

sábado, 24 de maio de 2025

Lição 08 – 25 de maio de 2025 – Editora BETEL

A fidelidade na mordomia cristã: um chamado à responsabilidade e ao  compromisso

SLIDES / VISUALIZAR / BAIXAR



HINOS SUGERIDOS

Hino 400

Hino 4

Hino 126 ♫

Fidelidade e Mordomia Cristã: Um Chamado à Responsabilidade

No capítulo 16 do Evangelho de Lucas, dos versículos 1 a 6, encontramos a parábola do mordomo infiel, uma das lições mais impactantes que Jesus ensinou sobre a administração dos bens terrenos. Este texto nos convida a refletir profundamente sobre como estamos conduzindo a nossa vida financeira, os recursos que Deus colocou em nossas mãos e, principalmente, sobre a nossa fidelidade como mordomos do Reino.

O Que é Mordomia? 

A palavra *mordomia* tem origem no latim "mordomus", que vem do grego "oikonomos", significando literalmente "administrador da casa". Na antiguidade, o mordomo era uma pessoa de extrema confiança, responsável por cuidar dos bens, propriedades e finanças de um senhor ou proprietário. Seu dever era zelar, administrar, prestar contas e agir com integridade em tudo que lhe fosse confiado.

No contexto bíblico, mordomia representa o princípio espiritual segundo o qual tudo que temos — tempo, talentos, bens, saúde e até a própria vida — pertence a Deus. Somos apenas administradores, encarregados de gerir, de forma fiel, os recursos que nos são temporariamente confiados.

A Parábola do Mordomo Infiel: Uma Advertência Solene

Em Lucas 16.1-6, Jesus conta a história de um homem que ocupava o cargo de mordomo, mas que foi acusado de dissipar os bens do seu senhor. Ao ser confrontado, ele percebe que perderia seu emprego e, então, elabora um plano ardiloso: começa a fazer acordos desonestos com os devedores, reduzindo suas dívidas, com o intuito de ser bem recebido por eles após ser demitido.

Este mordomo traiu a confiança de seu senhor de duas formas:

1. Mau uso dos recursos: Ele administrava mal os bens que lhe foram confiados, agindo de forma negligente e irresponsável.

2. Fraude e desonestidade: Ao saber que perderia o cargo, tentou assegurar seu futuro através de acordos desonestos, prejudicando ainda mais o seu senhor.

Apesar de Jesus destacar que o senhor louvou a astúcia do mordomo, é crucial entender que não se trata de elogiar sua desonestidade, mas sim de enfatizar sua esperteza em planejar para o futuro. O Mestre, então, usa esse exemplo para ensinar que os filhos da luz deveriam ser ainda mais diligentes e sábios na administração das coisas eternas do que os filhos do mundo são nas coisas materiais.

O Princípio da Mordomia na Vida Cristã

O princípio da mordomia é central na vida cristã. Ele nos lembra de que:

● Nada é nosso, tudo pertence a Deus. (Salmos 24.1 — "Do Senhor é a terra e tudo o que nela há...")

● Somos responsáveis pela gestão dos bens materiais e espirituais que Deus coloca em nossas mãos.

● Haverá um dia em que prestaremos contas de como usamos esses recursos.

Jesus deixa claro que a forma como lidamos com as riquezas materiais reflete nossa fidelidade a Deus. O cristão sincero não vê o dinheiro e os bens como fins em si mesmos, mas como meios para glorificar a Deus, sustentar sua família, ajudar o próximo e investir no Reino.

Fidelidade: Um Testemunho de Confiança em Deus

A verdadeira fidelidade leva o crente a reconhecer que tudo vem de Deus. Quando entendemos isso, somos livres do egoísmo, da avareza e da ganância. A busca desenfreada por acumular bens, muitas vezes impulsionada pelo medo, insegurança ou desejo de status, desagrada profundamente ao Senhor.

O apóstolo Paulo, em sua carta a Timóteo, faz um alerta contundente:

“Porque nada trouxemos para este mundo, e nada podemos levar dele.” (1 Timóteo 6.7).

Essa afirmação é um lembrete de que os bens materiais são passageiros e que o apego excessivo a eles é tolice espiritual. O que permanece é aquilo que construímos em fidelidade, generosidade e serviço.

O Discipulado e as Finanças no Reino de Deus

Seguir a Jesus não é apenas uma decisão espiritual abstrata; envolve também a forma como lidamos com os bens terrenos. O discipulado cristão é prático e exige coerência entre fé e administração financeira.

O cristão é chamado a viver com contentamento, não com cobiça.

Deve ser generoso, não avarento.

Precisa administrar seus recursos com sabedoria, não com desperdício ou ganância.

A mordomia bem aplicada não significa viver na escassez, mas sim na responsabilidade. É reconhecer que o dinheiro é uma ferramenta e não um senhor. Jesus, em Mateus 6.24, já advertia: “Ninguém pode servir a dois senhores... Não podeis servir a Deus e às riquezas.”

O Caráter do Mordomo Fiel

Ao destrinchar o caráter do mordomo citado na parábola de Lucas 16, percebemos algumas características negativas que servem de alerta para nós:

Desonestidade: Ele usou aquilo que não lhe pertencia para benefício próprio.

● Falta de responsabilidade: Não zelou pelos interesses de seu senhor.

● Astúcia egoísta: Planejou um futuro sem integridade, preocupado apenas com seu próprio bem-estar.

Por outro lado, Jesus nos convida a desenvolver as características do mordomo fiel:

● Integridade: Age de forma honesta, mesmo quando ninguém está olhando.

● Fidelidade: Cuida dos recursos como se fossem seus, mas com a consciência de que são do Senhor.

● Generosidade: Usa os bens não apenas para si, mas para abençoar vidas e expandir o Reino.

Prestaremos Contas da Nossa Mordomia

Assim como o mordomo da parábola teve que prestar contas, cada cristão um dia também se apresentará diante de Deus para responder sobre como administrou sua vida, seus dons, suas finanças e tudo que lhe foi confiado.

Este princípio não deve gerar medo, mas responsabilidade e motivação para viver de forma alinhada aos valores do Reino. A mordomia cristã bem aplicada requer um caráter íntegro, desapegado dos bens materiais e totalmente comprometido com os propósitos de Deus.

Reflexão Final: E Você, Como Está Administrando Sua Vida Financeira?

Diante dessa poderosa lição, fica um convite à reflexão:

● Você tem sido um mordomo fiel com aquilo que Deus colocou em suas mãos?

● Sua vida financeira reflete os princípios do Reino ou tem sido governada pelo consumismo, avareza ou desorganização?

● Está administrando seus recursos de forma que glorifique a Deus e abençoe outras pessoas?

Lembre-se: tudo que temos vem de Deus, e um dia prestaremos contas da nossa mordomia. Que possamos ouvir do Senhor: “Muito bem, servo bom e fiel!” (Mateus 25.21)

Márcio Celso 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2025, ano 35 nº 135 – Revista da Escola Bíblicam Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Mordomia Cristã– A Gratidão e Fidelidade na Administração dos Recursos que Deus nos Confiou – Pr. Amarildo Martins da Silva. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário