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sexta-feira, 16 de maio de 2025

Lição 07 – 18 de maio de 2025 – Editora BETEL

Liberalidade, uma atitude de gratidão e reconhecimento

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A Liberalidade que Agrada a Deus: Um Coração Generoso em Ação

A liberalidade é um tema recorrente nas Escrituras e fundamental para o desenvolvimento da vida cristã. Em 2 Coríntios 9.6-10, o apóstolo Paulo ensina verdades profundas sobre a importância da generosidade na vida do crente e como Deus se agrada de um coração que contribui com alegria e gratidão. Neste texto, encontramos uma orientação clara sobre os benefícios de contribuir com a Obra de Deus e como essa prática não apenas ajuda a suprir necessidades, mas também glorifica o nome do Senhor.

Ao refletirmos sobre esse ensino, aprendemos que contribuir não é uma obrigação mecânica, mas um ato espiritual de adoração e reconhecimento de que tudo o que temos vem de Deus. A liberalidade é, portanto, um reflexo do coração de alguém que compreende a soberania de Deus e se coloca à disposição para servi-Lo com tudo o que possui.

A Lei da Semeadura 

O versículo 6 de 2 Coríntios 9 introduz uma verdade espiritual poderosa: “E digo isto: O que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará.” Paulo usa uma metáfora agrícola para mostrar que a generosidade é como uma semente plantada. O resultado da colheita está diretamente ligado à quantidade e qualidade da semeadura.

Essa afirmação nos faz pensar: como temos semeado em relação ao Reino de Deus? Nossa contribuição, seja financeira, em tempo, dons ou serviço, tem sido escassa ou abundante? O princípio aqui não é de barganha com Deus, mas de confiança em Sua justiça e fidelidade. Ele é aquele que vê todas as coisas e recompensa conforme Sua bondade e propósito.

Deus Ama ao que Dá com Alegria

No versículo 7, Paulo prossegue: “Cada um contribua segundo propôs no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” A ênfase não está apenas no ato de dar, mas na atitude com que se dá. Deus se agrada do doador alegre, daquele que reconhece que sua contribuição é um privilégio, não um peso.

Quando damos com alegria, mostramos que não estamos presos ao materialismo e que confiamos plenamente na provisão divina. Esse tipo de generosidade revela maturidade espiritual e profundo amor a Deus e ao próximo.

O Dono de Todas as Coisas

Um dos fundamentos da liberalidade cristã é reconhecer que Deus é o dono de tudo. Como diz o Salmo 24.1: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” Nada do que possuímos é realmente nosso — somos apenas mordomos dos recursos que Ele nos confiou.

Quando entendemos essa verdade, nosso coração se enche de gratidão. Passamos a contribuir não por obrigação, mas como resposta ao imenso amor e generosidade de Deus para conosco. Cada oferta, cada ato de doação, é uma expressão prática de gratidão. É uma forma de dizer: “Senhor, tudo que tenho vem de Ti. Com alegria, eu Te devolvo uma parte.”

A Generosidade como Dom Espiritual

Paulo via a generosidade como um dom espiritual. Em Romanos 12.8, ele menciona “o que contribui, com liberalidade”, colocando a generosidade ao lado de outros dons como profecia, ensino e misericórdia. Isso mostra que contribuir é mais do que uma ação — é um chamado, uma capacitação divina para abençoar vidas e sustentar a Obra do Reino.

Ao escrever aos coríntios, Paulo revela sua admiração pelos cristãos da Macedônia, que, mesmo enfrentando grande pobreza, “transbordaram em rica generosidade” (2 Coríntios 8.2). Esses irmãos entenderam que sua pobreza não era desculpa para deixar de ajudar. Pelo contrário, sua liberalidade foi marcada por entrega voluntária, sacrifício e amor genuíno.

O Exemplo dos Macedônios

A atitude dos macedônios foi tão impactante que Paulo a usou como modelo para motivar a igreja em Corinto. Ele queria que os coríntios também experimentassem a graça de dar. Os crentes da Macedônia “deram-se primeiramente ao Senhor” (2 Coríntios 8.5), e isso foi a chave para sua generosidade. Eles estavam espiritualmente alinhados com Deus e, por isso, naturalmente inclinados a contribuir com o que tinham — ou até com o que não tinham — para ajudar os necessitados em Jerusalém.

Essa atitude contrasta com a tendência humana de guardar, acumular e pensar primeiro nas próprias necessidades. Os macedônios agiram com fé e altruísmo, confiando que Deus supriria todas as suas carências. Eles viram na contribuição uma oportunidade de comunhão, serviço e parceria na missão divina.

O Desafio à Igreja de Corinto

Ao apresentar o exemplo dos macedônios, Paulo desafia a igreja de Corinto a seguir o mesmo caminho. Ele não impõe uma obrigação, mas apela ao coração. Ele lembra aos coríntios que, assim como se destacavam em fé, conhecimento e zelo, também deveriam se destacar na graça de contribuir (2 Coríntios 8.7).

Essa exortação é atual. Como cristãos do século 21, somos chamados a manter o mesmo espírito generoso e comprometido. A obra de Deus na Terra continua, e nós somos os instrumentos que Ele deseja usar. Cada um de nós tem um papel a cumprir — não apenas no aspecto financeiro, mas também no trabalho e na intercessão.

Deus Proverá e Multiplicará

Voltando ao capítulo 9, os versículos 8 a 10 são uma poderosa promessa de provisão. Paulo declara:

 “E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, abundeis em toda boa obra” (v.8).

O apóstolo assegura que Deus não apenas supre o necessário, mas também multiplica a semente que foi semeada, aumentando os frutos da justiça. Ou seja, quando contribuímos com fé, Deus cuida para que não nos falte nada e ainda nos capacita a fazer mais.

É um ciclo de bênção: Deus nos dá, nós semeamos, Ele multiplica e nos dá novamente, para que continuemos abençoando outros. Isso não significa riqueza material garantida, mas sim uma vida de propósito, contentamento e provisão suficiente para viver e servir.

Compromisso com a Obra de Deus

Contribuir com a Obra de Deus é um privilégio e uma responsabilidade do cristão. Mas essa contribuição vai além do dinheiro. Devemos ofertar nosso tempo, nossos dons, nosso trabalho e nossas orações.

O Reino de Deus avança por meio de vidas comprometidas, que não apenas assistem aos cultos, mas participam ativamente do que Deus está fazendo no mundo. O intercessor, o voluntário, o evangelista, o dizimista fiel — todos são peças fundamentais no Corpo de Cristo.

Cada cristão deve buscar formas práticas de colaborar com a expansão do Evangelho. Isso pode envolver apoiar missionários, ajudar projetos sociais, evangelizar, cuidar dos necessitados, contribuir com recursos e, principalmente, orar sem cessar pela Obra e pelos obreiros.

Conclusão

A liberalidade é uma virtude que nasce do coração que reconhece Deus como Senhor de todas as coisas. Contribuir com a Obra de Deus é um ato de fé, amor e gratidão. É um reflexo da compreensão de que tudo o que somos e temos pertence a Ele.

O apóstolo Paulo nos ensina que a generosidade é uma semente que frutifica não só na vida de quem recebe, mas também na vida de quem dá. Os macedônios nos mostraram que mesmo em tempos difíceis, podemos ser instrumentos de bênçãos. E os coríntios foram desafiados a seguir esse exemplo, como nós também somos hoje.

Portanto, que cada um de nós assuma o compromisso de viver uma vida generosa, contribuindo com amor, trabalhando com dedicação e intercedendo com fervor. Que possamos dizer como o salmista: “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?” (Salmos 116.12). A resposta está em oferecer tudo o que temos — e tudo o que somos — para a glória do Seu nome. 

Márcio Celso 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2025, ano 35 nº 135 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Mordomia Cristã – A Gratidão e Fidelidade na Administração dos Recursos que Deus nos Confiou – Pr. Amarildo Martins da Silva.

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