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quinta-feira, 1 de maio de 2025

Lição 05 – 4 de maio de 2025 – Editora BETEL

Compaixão, atitude de quem ama a Deus

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Compaixão: Um Chamado Divino para o Verdadeiro Discípulo de Cristo

A compaixão, à luz da fé cristã, não é apenas um sentimento de pena ou tristeza diante do sofrimento alheio, mas uma ação prática, impulsionada pelo amor de Deus que habita no coração do crente. Ser compassivo é refletir o caráter de Cristo, que andou entre os homens curando, alimentando, confortando e salvando. Na perspectiva cristã, compaixão é agir em favor do próximo com misericórdia, justiça e generosidade, especialmente com os mais necessitados. Um autêntico discípulo de Cristo reconhece que foi chamado para ser um canal de bênçãos, vivendo de forma altruísta, sensível à dor do outro e disposto a servir com alegria.

A Compaixão como Princípio Bíblico

Desde o Antigo Testamento, Deus instrui o Seu povo a viver em compaixão e solidariedade. Em Isaías 58.7-10, o Senhor repreende aqueles que jejuam apenas por aparência, mas negligenciam a justiça e a misericórdia:

"Porventura não é este o jejum que escolhi: que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desterrados? Quando vires o nu, o cubras, e não te escondas daquele que é da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará; e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda. [...] se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita, então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia”.

Neste trecho, Deus deixa claro que a verdadeira adoração não está apenas em rituais, mas em atitudes concretas de compaixão. A prática da justiça social e do cuidado com os necessitados é o que torna o culto agradável a Deus. Repartir o pão, acolher o necessitado, vestir o nu e não se esconder do próprio irmão são expressões práticas da fé viva.

O Exemplo de Cristo e o Mandamento do Amor

Jesus Cristo é o maior exemplo de compaixão. Em seu ministério terreno, ele se comovia com as multidões, curava os doentes, alimentava os famintos e se aproximava dos marginalizados. Mas além de suas ações, Jesus deixou ensinamentos claros sobre o que Ele espera de seus discípulos. Em João 14.21, Ele afirma:

"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele”.

Amar a Deus envolve obediência aos Seus mandamentos. E o principal mandamento que Jesus nos deu é o amor ao próximo. Não um amor superficial, mas um amor sacrificial, prático, semelhante ao Seu. Compaixão, portanto, é a manifestação visível do amor cristão, pois leva o crente a agir em favor dos que sofrem, mesmo que isso lhe custe tempo, recursos ou conforto.

A Responsabilidade do Crente para com os Irmãos na Fé

O apóstolo Paulo, ao instruir seu filho na fé, Timóteo, também enfatizou a importância de cuidar dos irmãos na comunidade cristã. Em 1 Timóteo 5.8, ele escreve:

"Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel”.

Esse versículo, embora se refira primeiramente à responsabilidade familiar, reflete um princípio mais amplo de cuidado com os “domésticos da fé”, como Paulo diz em Gálatas 6.10:

 “Façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé”.

A igreja primitiva compreendia a compaixão como parte integral da vida cristã. Os primeiros cristãos repartiam o que tinham, cuidavam uns dos outros e não deixavam que houvesse necessitados entre eles (Atos 2.44-45). Essa é a expressão de uma fé autêntica: sensível, generosa e comprometida com o bem do próximo.

O Coração Benevolente do Justo

O Salmo 37.21 também nos traz uma distinção clara entre o justo e o ímpio, quanto à generosidade e compaixão:

"O ímpio toma emprestado e não paga, mas o justo se compadece e dá".

Este versículo mostra que o justo — aquele que anda com Deus — tem um coração disposto a dar. Ele não vive preso à avareza, mas compreende que seus bens e recursos são meios pelos quais Deus pode abençoar outras vidas. O crente não é um fim em si mesmo, mas um instrumento de Deus para suprir necessidades e estender graça. A benevolência, portanto, é uma marca do justo e agrada ao Senhor.

Como Demonstrar Benevolência Cristã

Demonstrar benevolência envolve mais do que dar esmolas. Trata-se de um estilo de vida que valoriza o outro, prioriza o bem comum e reflete o amor de Deus. Algumas maneiras práticas de exercitar a compaixão cristã incluem:

- Repartir o pão com os famintos, seja através de doações, ofertas missionárias ou ações diretas de ajuda.

- Ouvir com empatia e consolar os que estão aflitos ou emocionalmente sobrecarregados.

- Ajudar financeiramente irmãos da fé em dificuldades, evitando julgamentos ou indiferença.

- Servir com tempo e talentos em ministérios que cuidam de pessoas vulneráveis.

- Orar com e por aqueles que precisam de consolo, direção ou cura.

A compaixão exige sensibilidade espiritual. Um coração tocado por Deus enxerga além da própria necessidade e se mobiliza para atender ao sofrimento do outro. Não é algo que fazemos apenas em ocasiões especiais, mas uma atitude contínua, que reflete a presença de Cristo em nós.

A Promessa de Bênção para Quem Reparte

Deus honra aqueles que vivem em compaixão. As promessas contidas em Isaías 58 revelam que quem reparte o pão com o faminto e cuida do aflito receberá bênçãos espirituais e materiais. A luz do justo brilhará, sua cura brotará, e a glória do Senhor será sua retaguarda. O Senhor se compromete com aqueles que se comprometem com os necessitados.

Em Provérbios 19.17, há outra promessa clara:

"Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício”.

Deus não se esquece de nenhuma ação de misericórdia. Cada gesto de generosidade é registrado diante d’Ele. Aquele que abençoa é também abençoado. A compaixão não esgota os recursos do crente — ao contrário, ela abre caminho para que ele receba ainda mais da parte de Deus.

Conclusão: O Chamado Irrevogável do Discípulo

A compaixão não é opcional na vida cristã. Ela é parte essencial do chamado de todo discípulo de Cristo. Amar o próximo, cuidar dos domésticos da fé, repartir o pão, consolar os aflitos e agir com misericórdia são atitudes que demonstram uma fé viva e transformadora. Jesus nos amou primeiro, e esse amor deve nos impulsionar a amar com gestos concretos.

Que cada crente possa viver com os olhos abertos para o sofrimento ao seu redor, com o coração disponível e com as mãos estendidas. E que, ao exercer a compaixão, ele glorifique a Deus, abençoe vidas e experimente as bênçãos prometidas àqueles que vivem para servir. 

Márcio Celso 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2025, ano 35 nº 135 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Mordomia Cristã– A Gratidão e Fidelidade na Administração dos Recursos que Deus nos Confiou – Autor: Pastor Amarildo Martins da Silva.

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