Lição 12 – 17 de setembro de 2023 – Editora BETEL
Zacarias –
vivendo hoje sem esquecer das promessas para o futuro
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Sobre Zacarias
Autor: O primeiro versículo
identifica o profeta Zacarias, filho de Baraquias e neto de Ido (1.1), como o
autor do livro. Neemias informa ainda que Zacarias era cabeça da família
sacerdotal de Ido (Neemias 12.16). Por esta passagem, ficamos sabendo que ele
era da tribo de Levi, e que passou a servir em Jerusalém, depois do exílio,
tanto como sacerdote quanto profeta. Zacarias era um contemporâneo mais jovem
do profeta Ageu. Esdras 5.1 declara que ambos animaram os judeus, em Judá e
Jerusalém, a persistirem na reedificação do templo nos dias de Zorobabel (o
governador) e de Josua (o sumo sacerdote). O contexto histórico para os
capítulos 1 a 8, datados entre 520 - 518 a.C., é idêntico ao de Ageu. Como
resultado do ministério profético de Zacarias e Ageu, o templo foi completado e
dedicado em 516 - 515 a.C. Em sua juventude, Zacarias havia trabalhado lado a
lado com Ageu, mas ao escrever os capítulos 9 - 14 (que a maioria dos
estudiosos data entre 480 - 470 a.C.), já se achava idoso. A totalidade das
profecias de Zacarias foi enunciada em Jerusalém diante dos 50.000 judeus que
haviam voltado a Judá na primeira etapa da restauração. O Novo Testamento
indica que Zacarias, filho de Baraquias, foi assassinado “entre o santuário e o altar” (no lugar da intercessão) por oficiais do templo (Mateus 23.25). Algo
semelhante ocorrera a outro homem de Deus que tinha o mesmo nome (2 Crônicas
24.20,21).
Livro de "Apocalipse" do Antigo Testamento: Do
mesmo modo que o Novo Testamento termina com uma grande visão apocalíptica
dos tempos do fim, o Antigo Testamento também termina com essa
visão, no Livro de Zacarias. Ambos os livros resumem e esclarecem profecias
já apresentadas em termos de realização. Em Zacarias, as duas vindas
do Messias são encaixadas com o intuito de apresentar uma vasta pré-estreia do
futuro de Israel. Em Apocalipse, os muitos detalhes da sua segunda vinda
são correlacionados e postos em relevo para mostrar o auge do programa
divino na terra (Zacarias 9.9-10; Apocalipse 12.6; 13.5; 14.14 e seguintes;
16.18 e seguintes; 19.9 e seguintes). O Livro de Zacarias, bem como o de Malaquias,
acentua e quase esboça a obra vindoura do Messias para trazer salvação espiritual na
sua primeira vinda, e livramento nacional de Israel na sua segunda vinda.
Livro "muito misterioso": Muitos intérpretes, tanto judeus como cristãos, consideram esse livro "muito obscuro e de difícil
explicação" (Eli Cashdan, The Twelve Prophets, página
267). Para alguns, à exceção do fato de que "Jeová deseja ter o templo reconstruído (...), tudo o
mais é obscuro" (Steven Harris, Understanding the Bible,
página 123). No entanto, a profecia não foi escrita para mistificar, e sim para
esclarecer as verdades referentes ao futuro de Israel. Quando as verdades centrais
das visões parabólicas são observadas, e todas as visões são relacionadas a
profecias anteriores, o motivo messiânico torna-se central durante as lutas e a
marcha dos acontecimentos de Israel. Essa profecia forneceu alguns
esclarecimentos muito importantes para Israel sobre sua redenção e o futuro
nacional, quando o povo entrou em uma outra fase dos tempos dos gentios, com os
seus anseios ainda não cumpridos a respeito da vinda do Messias (Zacarias 8.7-8;
9.9-10; 11.9, 13; 12.10).
Zacarias em relação a Daniel: Embora as profecias de Daniel e Zacarias estejam ambas cheias de
conteúdo profético, suas ênfases são diferentes:
(a)
Daniel associou visões proféticas e predições com conteúdo histórico. Zacarias
apresentou as visões e predições num contexto exortativo (Daniel 2; Zacarias
2).
(b)
Daniel enfatizou o futuro profético dos Tempos dos Gentios quando estes se
relacionavam com Israel. Zacarias tratou quase exclusivamente do futuro de
Israel, apenas observando algumas relações gentias (Daniel 2,7; Zacarias 12.3).
(c)
Daniel focalizou os reis gentios e a vinda do Anticristo, mencionando o Messias
somente uma vez, quase incidentalmente (Daniel 9.26). Zacarias assinala com frequência
a vinda do Messias, mencionando o aparecimento do Anticristo apenas
incidentalmente (Zacarias 11.16).
(d)
Daniel foi um estadista da linhagem real de Judá e desvendou a ascensão dos
reinados gentios até o estabelecimento do reino do Messias na terra (Daniel
2.44). Zacarias foi um sacerdote e, de maneira característica, insistiu na
reconstrução do templo, na purificação da nação e na restauração da justiça e
santidade da terra (Zacarias 1.4,16; 3.4; 12.10).
O grande dia da batalha do Senhor (14.3): Zacarias concluiu essa profecia com uma descrição da culminante batalha
da terra, quando o próprio Senhor se envolverá na peleja. Esse "homem de guerra", característica do Senhor, foi aludido em Êxodo 15.3, dramatizado em Naum
1.2, Habacuque 2.8-15 e Sofonias 3.8, e é apresentado em toda a sua pujança
nessa visão conclusiva. Quando o Senhor sair para a peleja, confrontar-se-á
com todas as nações reunidas contra Jerusalém (Zacarias 14.2; Apocalipse 16.14;
19.19). Suas armas não são reveladas, mas fica-se conhecendo o resultado
da batalha: a seus inimigos sucederá que "a sua carne será consumida, estando eles de pé, e
lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua
na sua boca" (Zacarias 14.12), uma forte sugestão
de fissão nuclear. Terremotos criarão mudanças topográficas na terra,
preparando-a para a era messiânica, na qual "o Senhor será rei sobre toda a terra" (Zacarias 14.5-10).
O verdadeiro valor do jejum (Zacarias 7-8): Estes dois capítulos de Zacarias dão dois esclarecimentos referentes
aos jejuns de Israel. Embora os judeus não tivessem no seu calendário dias
de jejum ordenados por Deus, a nação tinha imposto a si própria dias de
jejum em memória de diversas calamidades envolvidas na destruição de Jerusalém
em 586 a.C. Eram os seguintes: (Zacarias 7.5; 8.19)
(a)
Décimo mês (10 de janeiro) - Dia em que principiou o cerco de Jerusalém, em 588
(Jeremias 52.4).
(b)
Quarto mês (9 de julho) -Os babilônios romperam o muro de Jerusalém, em 586 (Jeremias
52.6).
(c)
Quinto mês (10 de agosto) - Jerusalém foi destruída e queimada, em 586 (Jeremias
52.12).
(d)
Sétimo mês (1 de outubro) - Gedalias, o novo governador, foi também assassinado
em 586 (Jeremias 41.1).
A
questão debatida em Zacarias 7-8 era se aqueles jejuns deviam ou não continuar,
pois o povo já tinha retornado para reconstruir o templo. A resposta do Senhor
trouxe dois esclarecimentos com referência ao jejum (Isaías 58.4-8):
(a)
Essa prática foi designada para a glória de Deus, e não para o mérito do homem.
Com facilidade, a renúncia torna-se comiseração própria e um inútil ritual de
egolatria (Zacarias 7.5-6).
(b) O
jejum não tem valor, a menos que seja acompanhado de atos de justiça, bondade e
compaixão para com o próximo (Zacarias 7.9-10). A ausência de tais atos em
Israel trouxe o julgamento divino de destruição e desolação (Zacarias 7.11-14).
Cristologia em Zacarias e o Novo Testamento: Este livro é o mais messiânico dos Profetas Menores, e está no mesmo
nível de Salmos e Isaías quanto ao conteúdo messiânico. O Messias está ou no centro
ou na periferia de cada visão. A falha ou a recusa dos comentaristas judeus
de aceitarem esse messianismo cumprido na primeira e segunda vinda de Jesus
(Mateus 21.5) contribui para a confusão no entendimento do livro (Rashi em H. H.
Ben-Sasson, History of The Jewish People, p. 461). Por exemplo, ao explicar
"olharão para mim, a quem
traspassaram" (Zacarias 12.10), o Talmude
identifica essa expressão como uma referência ao "Messias, o filho de José, que cairá na batalha" (Eli Cashdan, The Twelve Prophets, p. 322). Eles o veem como "alguém dado por Deus à comunidade judaica restaurada, (...),
mas rejeitado por ela e posto à morte". Para eles, esse "mártir"
é desconhecido, e não certamente
Jesus.
Há uma
aplicação profunda de Zacarias no Novo Testamento. A harmonização da vida
pessoal de Zacarias, entre os aspectos sacerdotal e profético pode ter contribuído
para o ensino do Novo Testamento de que Cristo é tanto sacerdote quanto
profeta. Além disso, Zacarias profetizou a respeito da morte expiatória de
Cristo pelas mãos dos judeus, que, no fim dos tempos, levá-los-á a prantearem-no,
arrependerem-se e serem salvos (Zacarias 12.10 - 13.9; Romanos 11.25-27).
Mas a
contribuição mais importante de Zacarias diz respeito a suas numerosas profecias
concernentes a Cristo. Os escritores do Novo Testamento citam-nas, declarando
que foram cumpridas em Jesus Cristo. Entre elas estão:
(a) Ele
virá de modo humilde e modesto (Zacarias 9.9; 13.7; Mateus 21.5; 26.31, 56).
(b) Ele
restaurará Israel pelo sangue do seu concerto (Zacarias 9.11; Marcos 14.24).
(c)
Será Pastor das ovelhas de Deus que ficaram dispersas e desgarradas (Zacarias 10.2;
Mateus 9.36).
(d)
Será traído e rejeitado (Zacarias 11.12,13; Mateus 26.15; 27.9,10).
(e)
Será traspassado e abatido (Zacarias 12.10; 13.7; Mateus 24.30; 26.31, 56).
(f)
Voltará em glória para livrar Israel de seus inimigos (Zacarias 14.1-6; Mateus
25.31; Apocalipse 19.15).
(g)
Reinará como Rei em paz e retidão (Zacarias 9.9,10; 14.9,16; Romanos 14.17; Apocalipse
11.15).
(h)
Estabelecerá seu reino glorioso para sempre sobre todas as nações (Zacarias 14.6-19;
Apocalipse 11.15; 21.24-26; 22.1-5).
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º
Trimestre de 2023, ano 33 nº 128 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Profetas Menores do Antigo Testamento – Proclamando o
arrependimento, justiça e fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação
através do Messias – Pr. Antônio Paulo Antunes.
Jhon Wiclyfe
University - PROFETAS MENORES.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida – 2014
– Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William
MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.
Editora
Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento –
Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
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