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sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Lição 12 - 3º trimestre de 2023 - Zacarias - vivendo hoje sem esquecer das promessas para o futuro

Lição 12 – 17 de setembro de 2023 – Editora BETEL

Zacarias – vivendo hoje sem esquecer das promessas para o futuro

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Sobre Zacarias

Autor: O primeiro versículo identifica o profeta Zacarias, filho de Baraquias e neto de Ido (1.1), como o autor do livro. Neemias informa ainda que Zacarias era cabeça da família sacerdotal de Ido (Neemias 12.16). Por esta passagem, ficamos sabendo que ele era da tribo de Levi, e que passou a servir em Jerusalém, depois do exílio, tanto como sacerdote quanto profeta. Zacarias era um contemporâneo mais jovem do profeta Ageu. Esdras 5.1 declara que ambos animaram os judeus, em Judá e Jerusalém, a persistirem na reedificação do templo nos dias de Zorobabel (o governador) e de Josua (o sumo sacerdote). O contexto histórico para os capítulos 1 a 8, datados entre 520 - 518 a.C., é idêntico ao de Ageu. Como resultado do ministério profético de Zacarias e Ageu, o templo foi completado e dedicado em 516 - 515 a.C. Em sua juventude, Zacarias havia trabalhado lado a lado com Ageu, mas ao escrever os capítulos 9 - 14 (que a maioria dos estudiosos data entre 480 - 470 a.C.), já se achava idoso. A totalidade das profecias de Zacarias foi enunciada em Jerusalém diante dos 50.000 judeus que haviam voltado a Judá na primeira etapa da restauração. O Novo Testamento indica que Zacarias, filho de Baraquias, foi assassinado “entre o santuário e o altar” (no lugar da intercessão) por oficiais do templo (Mateus 23.25). Algo semelhante ocorrera a outro homem de Deus que tinha o mesmo nome (2 Crônicas 24.20,21).

Livro de "Apocalipse" do Antigo Testamento:  Do mesmo modo que o Novo Testamento termina com uma grande visão apocalíptica dos tempos do fim, o Antigo Testamento também termina com essa visão, no Livro de Zacarias. Ambos os livros resumem e esclarecem profecias já apresentadas em termos de realização. Em Zacarias, as duas vindas do Messias são encaixadas com o intuito de apresentar uma vasta pré-estreia do futuro de Israel. Em Apocalipse, os muitos detalhes da sua segunda vinda são correlacionados e postos em relevo para mostrar o auge do programa divino na terra (Zacarias 9.9-10; Apocalipse 12.6; 13.5; 14.14 e seguintes; 16.18 e seguintes; 19.9 e seguintes). O Livro de Zacarias, bem como o de Malaquias, acentua e quase esboça a obra vindoura do Messias para trazer salvação espiritual na sua primeira vinda, e livramento nacional de Israel na sua segunda vinda.

Livro "muito misterioso": Muitos intérpretes, tanto judeus como cristãos, consideram esse livro "muito obscuro e de difícil explicação" (Eli Cashdan, The Twelve Prophets, página 267). Para alguns, à exceção do fato de que "Jeová deseja ter o templo reconstruído (...), tudo o mais é obscuro" (Steven Harris, Understanding the Bible, página 123). No entanto, a profecia não foi escrita para mistificar, e sim para esclarecer as verdades referentes ao futuro de Israel. Quando as verdades centrais das visões parabólicas são observadas, e todas as visões são relacionadas a profecias anteriores, o motivo messiânico torna-se central durante as lutas e a marcha dos acontecimentos de Israel. Essa profecia forneceu alguns esclarecimentos muito importantes para Israel sobre sua redenção e o futuro nacional, quando o povo entrou em uma outra fase dos tempos dos gentios, com os seus anseios ainda não cumpridos a respeito da vinda do Messias (Zacarias 8.7-8; 9.9-10; 11.9, 13; 12.10).

Zacarias em relação a Daniel: Embora as profecias de Daniel e Zacarias estejam ambas cheias de conteúdo profético, suas ênfases são diferentes:

(a) Daniel associou visões proféticas e predições com conteúdo histórico. Zacarias apresentou as visões e predições num contexto exortativo (Daniel 2; Zacarias 2).

(b) Daniel enfatizou o futuro profético dos Tempos dos Gentios quando estes se relacionavam com Israel. Zacarias tratou quase exclusivamente do futuro de Israel, apenas observando algumas relações gentias (Daniel 2,7; Zacarias 12.3).

(c) Daniel focalizou os reis gentios e a vinda do Anticristo, mencionando o Messias somente uma vez, quase incidentalmente (Daniel 9.26). Zacarias assinala com frequência a vinda do Messias, mencionando o aparecimento do Anticristo apenas incidentalmente (Zacarias 11.16).

(d) Daniel foi um estadista da linhagem real de Judá e desvendou a ascensão dos reinados gentios até o estabelecimento do reino do Messias na terra (Daniel 2.44). Zacarias foi um sacerdote e, de maneira característica, insistiu na reconstrução do templo, na purificação da nação e na restauração da justiça e santidade da terra (Zacarias 1.4,16; 3.4; 12.10).

O grande dia da batalha do Senhor (14.3): Zacarias concluiu essa profecia com uma descrição da culminante batalha da terra, quando o próprio Senhor se envolverá na peleja. Esse "homem de guerra", característica do Senhor, foi aludido em Êxodo 15.3, dramatizado em Naum 1.2, Habacuque 2.8-15 e Sofonias 3.8, e é apresentado em toda a sua pujança nessa visão conclusiva. Quando o Senhor sair para a peleja, confrontar-se-á com todas as nações reunidas contra Jerusalém (Zacarias 14.2; Apocalipse 16.14; 19.19). Suas armas não são reveladas, mas fica-se conhecendo o resultado da batalha: a seus inimigos sucederá que "a sua carne será consumida, estando eles de pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na sua boca" (Zacarias 14.12), uma forte sugestão de fissão nuclear. Terremotos criarão mudanças topográficas na terra, preparando-a para a era messiânica, na qual "o Senhor será rei sobre toda a terra" (Zacarias 14.5-10).

O verdadeiro valor do jejum (Zacarias 7-8): Estes dois capítulos de Zacarias dão dois esclarecimentos referentes aos jejuns de Israel. Embora os judeus não tivessem no seu calendário dias de jejum ordenados por Deus, a nação tinha imposto a si própria dias de jejum em memória de diversas calamidades envolvidas na destruição de Jerusalém em 586 a.C. Eram os seguintes: (Zacarias 7.5; 8.19)

(a) Décimo mês (10 de janeiro) - Dia em que principiou o cerco de Jerusalém, em 588 (Jeremias 52.4).

(b) Quarto mês (9 de julho) -Os babilônios romperam o muro de Jerusalém, em 586 (Jeremias 52.6).

(c) Quinto mês (10 de agosto) - Jerusalém foi destruída e queimada, em 586 (Jeremias 52.12).

(d) Sétimo mês (1 de outubro) - Gedalias, o novo governador, foi também assassinado em 586 (Jeremias 41.1).

A questão debatida em Zacarias 7-8 era se aqueles jejuns deviam ou não continuar, pois o povo já tinha retornado para reconstruir o templo. A resposta do Senhor trouxe dois esclarecimentos com referência ao jejum (Isaías 58.4-8):

(a) Essa prática foi designada para a glória de Deus, e não para o mérito do homem. Com facilidade, a renúncia torna-se comiseração própria e um inútil ritual de egolatria (Zacarias 7.5-6).

(b) O jejum não tem valor, a menos que seja acompanhado de atos de justiça, bondade e compaixão para com o próximo (Zacarias 7.9-10). A ausência de tais atos em Israel trouxe o julgamento divino de destruição e desolação (Zacarias 7.11-14).

Cristologia em Zacarias e o Novo Testamento: Este livro é o mais messiânico dos Profetas Menores, e está no mesmo nível de Salmos e Isaías quanto ao conteúdo messiânico. O Messias está ou no centro ou na periferia de cada visão. A falha ou a recusa dos comentaristas judeus de aceitarem esse messianismo cumprido na primeira e segunda vinda de Jesus (Mateus 21.5) contribui para a confusão no entendimento do livro (Rashi em H. H. Ben-Sasson, History of The Jewish People, p. 461). Por exemplo, ao explicar "olharão para mim, a quem traspassaram" (Zacarias 12.10), o Talmude identifica essa expressão como uma referência ao "Messias, o filho de José, que cairá na batalha" (Eli Cashdan, The Twelve Prophets, p. 322). Eles o veem como "alguém dado por Deus à comunidade judaica restaurada, (...), mas rejeitado por ela e posto à morte". Para eles, esse "mártir" é desconhecido, e não certamente Jesus.

Há uma aplicação profunda de Zacarias no Novo Testamento. A harmonização da vida pessoal de Zacarias, entre os aspectos sacerdotal e profético pode ter contribuído para o ensino do Novo Testamento de que Cristo é tanto sacerdote quanto profeta. Além disso, Zacarias profetizou a respeito da morte expiatória de Cristo pelas mãos dos judeus, que, no fim dos tempos, levá-los-á a prantearem-no, arrependerem-se e serem salvos (Zacarias 12.10 - 13.9; Romanos 11.25-27).

Mas a contribuição mais importante de Zacarias diz respeito a suas numerosas profecias concernentes a Cristo. Os escritores do Novo Testamento citam-nas, declarando que foram cumpridas em Jesus Cristo. Entre elas estão:

(a) Ele virá de modo humilde e modesto (Zacarias 9.9; 13.7; Mateus 21.5; 26.31, 56).

(b) Ele restaurará Israel pelo sangue do seu concerto (Zacarias 9.11; Marcos 14.24).

(c) Será Pastor das ovelhas de Deus que ficaram dispersas e desgarradas (Zacarias 10.2; Mateus 9.36).

(d) Será traído e rejeitado (Zacarias 11.12,13; Mateus 26.15; 27.9,10).

(e) Será traspassado e abatido (Zacarias 12.10; 13.7; Mateus 24.30; 26.31, 56).

(f) Voltará em glória para livrar Israel de seus inimigos (Zacarias 14.1-6; Mateus 25.31; Apocalipse 19.15).

(g) Reinará como Rei em paz e retidão (Zacarias 9.9,10; 14.9,16; Romanos 14.17; Apocalipse 11.15).

(h) Estabelecerá seu reino glorioso para sempre sobre todas as nações (Zacarias 14.6-19; Apocalipse 11.15; 21.24-26; 22.1-5).

Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 3º Trimestre de 2023, ano 33 nº 128 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Profetas Menores do Antigo Testamento – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação através do Messias – Pr. Antônio Paulo Antunes.

Jhon Wiclyfe University - PROFETAS MENORES.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.