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sexta-feira, 25 de abril de 2025

Lição 04 - 27 de abril de 2025 - Betel Dominical

Lição 04 – 27 de abril de 2025 – Editora BETEL 

O cuidado e apoio aos obreiros: um pilar essencial para a expansão do Reino de Deus

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HINOS SUGERIDOS

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O Cuidado de Deus com Seus Obreiros: Um Chamado à Excelência e à Fidelidade

Desde os tempos mais antigos, Deus tem demonstrado profundo zelo por aqueles que escolheu para servir diante d’Ele. Ao observarmos o Antigo Testamento, especialmente no contexto do tabernáculo, vemos que o Senhor não apenas chamou sacerdotes e levitas para ministrar, mas também cuidou de cada detalhe da provisão, sustento e conduta desses obreiros. O Deus que chama é o mesmo que sustenta, e Ele exige que Seus servos operem com um padrão de excelência, santidade e reverência.

Neste artigo, vamos explorar como Deus cuidava dos Seus obreiros no período do tabernáculo, o padrão que exigia deles, os perigos da negligência (como nos casos de Nadabe e Abiú), a confirmação desse princípio no Novo Testamento com o apóstolo Paulo, e como a fidelidade gera provisão sobrenatural, como vemos nas histórias de Elias e Eliseu.

O Tabernáculo: A Origem da Ordem e da Provisão Sacerdotal

No deserto, ao instituir o tabernáculo como lugar de adoração e presença, Deus também estabeleceu um sistema detalhado de funcionamento. Arão e seus filhos foram separados para o sacerdócio, e os levitas foram consagrados para servir nas tarefas do templo. Deus não apenas os chamou, mas também determinou como seriam sustentados.

Em Números 18.8-20, vemos que os sacerdotes recebiam porções específicas das ofertas trazidas ao Senhor. Estas porções não eram restos ou sobras, mas partes nobres, como a melhor da farinha, do azeite, do vinho e das ofertas queimadas. Deus havia reservado para os Seus ministros o melhor, como prova de honra e cuidado:

Todas as ofertas sagradas que os israelitas apresentarem ao Senhor, eu dou a você e aos seus filhos como porção perpétua.” (Números 18.19).

O princípio é claro: os que servem ao altar, do altar devem viver. Deus providenciava de forma digna, honrosa e contínua para aqueles que serviam em Sua presença.

O Padrão de Excelência: O Exemplo de Nadabe e Abiú

Embora Deus fosse provedor, Ele também era (e é) santo. Os obreiros chamados ao serviço não poderiam atuar de qualquer maneira. O cuidado de Deus vinha acompanhado de um chamado à reverência e à obediência estrita às Suas instruções.

Um exemplo trágico dessa realidade são os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, que ofereceram “fogo estranho” diante do Senhor (Levítico 10.1-2). Eles foram consumidos pelo fogo da presença divina, porque agiram com negligência e desrespeito:

 “Então saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu; e morreram perante o Senhor.” (Levítico 10.2).

Mesmo sendo sacerdotes, eles não estavam isentos de juízo. O cuidado de Deus com os obreiros não é um aval para irresponsabilidade espiritual, mas um chamado à seriedade, pureza e santidade. Deus espera que Seus servos O representem com integridade.

A Continuidade do Princípio: Paulo e os Obreiros do Evangelho

No Novo Testamento, o apóstolo Paulo reafirma o princípio estabelecido no Antigo Testamento, agora aplicado aos obreiros do Evangelho. Em 1 Coríntios 9.3-13, Paulo argumenta que aqueles que anunciam o Evangelho também têm o direito de viver dele:

 “Vocês não sabem que os que prestam serviços sagrados comem do que é do templo? E que os que servem ao altar participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho: que vivam do evangelho.” (1 Coríntios 9:13-14).

Paulo, mesmo optando por não usar esse direito pessoalmente em alguns momentos, deixa claro que o princípio continua válido. O Senhor cuida dos Seus obreiros. O sustento não é um favor humano, mas parte do plano divino de honra e recompensa àqueles que se dedicam integralmente à Sua obra.

A Provisão Sobrenatural a Elias

Outro exemplo claro do cuidado de Deus com Seus obreiros é encontrado na vida do profeta Elias. Mesmo em tempos de seca, fome e perseguição, Deus sustentou Elias de forma sobrenatural.

1. No ribeiro de Querite, Deus enviou corvos para alimentar o profeta (1 Reis 17.4-6).

2. Na casa da viúva de Sarepta, o azeite e a farinha não acabaram, e Elias teve sustento contínuo (1 Reis 17.8-16).

3. Na caverna, após fugir de Jezabel, um anjo o acorda com pão e água preparados especialmente para ele, fortalecendo-o para a jornada (1 Reis 19.5-8).

Esses episódios revelam que Deus nunca abandona os Seus servos. Mesmo em tempos de crise, quando os recursos humanos parecem falhar, Deus mostra que tem múltiplos meios de provisão. Sua fidelidade transcende circunstâncias.

Eliseu: A Reta Conduta Atrai Provisão

Eliseu, sucessor de Elias, também experimentou o cuidado de Deus em sua caminhada. Um episódio marcante está em 2 Reis 4, onde uma mulher rica de Suném, ao perceber que Eliseu era um homem de Deus, construiu um quarto em sua casa para hospedá-lo sempre que passasse por ali:

“E ela disse a seu marido: Vejo que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus.” (2 Reis 4.9)

A atitude dessa mulher demonstra como a integridade e a retidão de um obreiro geram honra e reconhecimento. A vida de Eliseu era tão marcada pela santidade e serviço fiel que atraiu a generosidade da mulher sunamita, e através dela, Deus mais uma vez cuidou de Seu servo.

Mais adiante, Eliseu retribui abençoando essa mulher com um filho, e posteriormente, ressuscitando-o quando morreu (2 Reis 4.32-36). Esse ciclo de honra, fidelidade e recompensa mostra como Deus está atento aos detalhes da vida de Seus obreiros e de quem os honra.

Conclusão: Deus Cuida, mas Requer Fidelidade

O cuidado de Deus com Seus obreiros é um fio contínuo que perpassa toda a Escritura. Desde o tabernáculo, passando pelos profetas, até o ministério apostólico, o Senhor tem demonstrado que não desampara aqueles que O servem.

Entretanto, o mesmo Deus que provê com generosidade, também exige santidade, responsabilidade e reverência. Nadabe e Abiú são lembretes de que o serviço leviano é rejeitado. Por outro lado, Elias e Eliseu mostram que uma vida de integridade atrai milagres, provisão e honra.

Se você é um obreiro do Senhor — pastor, missionário, líder, intercessor ou servo em qualquer área do Reino — lembre-se: o Senhor não é injusto para esquecer da sua obra (Hebreus 6.10). Ele cuida, Ele provê, mas também espera que você O represente com excelência.

Seja fiel, e o Deus que sustentou os levitas, alimentou Elias com corvos, e fez chover pão do céu, também cuidará de você — com zelo, com honra e com justiça.

Se quiser, posso adaptar o texto para outro formato (como vídeo, roteiro de pregação ou e-book), ou até incluir imagens e versículos visuais para publicação em blog ou redes sociais. Deseja isso também?

Márcio Celso 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2025, ano 35 nº 135 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Mordomia Cristã– A Gratidão e Fidelidade na Administração dos Recursos que Deus nos Confiou – Bispo Oídes José do Carmo.

Lição 04 - 27 de abril de 2025 - Slides

 O cuidado e apoio aos obreiros: um pilar essencial para a expansão do Reino de Deus

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sexta-feira, 18 de abril de 2025

Lição 03 – 20 de abril de 2025 – Editora BETEL

Participando com consciência e alegria da manutenção do serviço

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HINOS SUGERIDOS

Hino 290

Hino 291

Hino 432 ♫

A Alegria e a Recompensa de Contribuir para a Obra de Deus

A manutenção e o crescimento da obra de Deus na Terra são responsabilidades que recaem sobre cada um de nós, membros do Corpo de Cristo. Quando olhamos para a história bíblica e a prática da Igreja ao longo dos séculos, vemos um princípio constante: a obra de Deus é sustentada pelos seus filhos. Essa sustentação vai além da esfera espiritual e se manifesta de forma concreta através de nossas contribuições financeiras, doações materiais e trabalho voluntário. Este compromisso não apenas impulsiona o Reino de Deus, mas também transforma profundamente aqueles que se entregam a essa missão.

A importância da contribuição na obra de Deus

Desde os tempos do Antigo Testamento, Deus instruiu Seu povo a participar ativamente da manutenção do templo e da obra sacerdotal. Em Êxodo 25, Deus manda que os israelitas tragam ofertas voluntárias para a construção do Tabernáculo, e cada detalhe da estrutura sagrada foi possível graças à generosidade do povo. Já em Malaquias 3.10, lemos: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que dela vos advenha a maior abastança”.

O mesmo princípio se aplica hoje: a igreja local precisa de recursos para funcionar — luz, água, aluguel ou construção, cadeiras, instrumentos musicais, materiais didáticos, ajuda a necessitados, missões, entre outros. A obra de Deus é espiritual, mas ela se expressa no mundo físico. Por isso, é necessário que os membros da congregação se comprometam com essa missão também de forma prática.

Contribuir é um privilégio, não um peso

A contribuição não deve ser encarada como um fardo ou uma obrigação imposta, mas sim como uma oportunidade de adoração e gratidão. Em 2 Coríntios 9.7, Paulo ensina: “Cada um contribua segundo propôs no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria”. Quando entregamos nossa oferta com alegria e fé, estamos dizendo a Deus: “Senhor, tudo o que tenho veio de Ti. Eu confio em Ti, e quero ver o Teu Reino crescer”.

Além disso, Deus não se interessa apenas pelo valor financeiro da contribuição, mas pela intenção do coração. A viúva pobre do evangelho de Marcos (Marcos 12.41-44), que deu apenas duas pequenas moedas, foi elogiada por Jesus por sua generosidade sincera. Contribuir, portanto, é um ato de fé, amor e obediência.

O valor do trabalho voluntário

Nem sempre podemos contribuir financeiramente da forma que gostaríamos, mas isso não deve nos impedir de servir. O trabalho voluntário é igualmente essencial na obra de Deus. Ensinar crianças na escola bíblica, limpar o templo, participar do ministério de louvor, ajudar na recepção, nas mídias sociais, em visitas a enfermos ou em projetos sociais — tudo isso também é contribuição.

Muitos esquecem que o tempo e o talento que Deus nos dá devem ser devolvidos a Ele em forma de serviço. O apóstolo Pedro nos lembra: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pedro 4.10). Quando usamos nossos dons para edificar a Igreja, nós não apenas abençoamos outros, mas também somos edificados.

As recompensas da contribuição

Ao contribuir com fidelidade e alegria, experimentamos bênçãos que transcendem o material. Há uma satisfação física, moral e espiritual em ver os frutos do nosso envolvimento.

1. Satisfação física:

Quando nos dedicamos à obra, seja doando recursos ou nosso tempo, percebemos um senso de utilidade e propósito. A psicologia moderna já reconhece que o voluntariado e a generosidade estão ligados à saúde emocional, à redução de estresse e à longevidade. Nosso corpo responde positivamente quando vivemos para além de nós mesmos.

2. Satisfação moral:

Contribuir nos faz sentir parte de algo maior. Quando vemos a construção de um templo avançar, vidas sendo alcançadas, pessoas sendo alimentadas e socorridas, sabemos que nosso esforço não foi em vão. Essa consciência moral de que estamos fazendo o bem nos torna mais íntegros e realizados como seres humanos.

3. Satisfação espiritual:

Ao contribuir, estamos cumprindo a vontade de Deus e nos alinhando com os princípios do Reino. A generosidade é um reflexo do caráter de Deus, que é o maior doador de todos. Ao nos tornarmos generosos, nos tornamos mais parecidos com Cristo. E, como Ele prometeu, há bênçãos espirituais reservadas àqueles que semeiam no Reino (Lucas 6.38).

Além disso, a fidelidade na contribuição financeira pode abrir portas para prosperidade em diversas áreas da vida. Isso não significa que Deus é um comerciante que troca bênçãos por dinheiro, mas sim que há um princípio divino de semeadura e colheita em ação. Quando confiamos em Deus com os nossos recursos, Ele cuida de nós em todas as áreas.

Prosperidade em todos os sentidos

A prosperidade bíblica vai além do acúmulo de riquezas. Ela envolve bem-estar em todas as dimensões: espiritual, emocional, familiar, profissional e material. Um lar em paz, filhos obedientes, saúde, oportunidades de crescimento e contentamento — tudo isso também é prosperidade.

Deus deseja nos abençoar para que sejamos bênção. Em Gênesis 12.2, Ele disse a Abraão: “Abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção”. Essa promessa se estende a nós. Quanto mais contribuímos, mais Deus pode confiar em nós como canais de bênção.

Conclusão

Contribuir para a manutenção e crescimento da obra de Deus é um ato de amor, fé e compromisso. Seja através de ofertas, dízimos, doações específicas ou trabalho voluntário, estamos cooperando com o avanço do Reino e testemunhando o poder transformador de Deus na Terra.

Essa entrega nos enriquece em todos os aspectos: nos dá propósito, paz, alegria, e nos conecta de forma mais íntima com Deus e com a comunidade da fé. Além disso, atrai sobre nós a bênção divina, pois o Senhor é fiel em recompensar aqueles que semeiam com generosidade.

Portanto, não negligencie esse chamado. Seja um cooperador ativo na casa do Senhor. Que a sua vida seja uma semente viva plantada na boa terra da obra de Deus — e que os frutos colhidos sejam para a glória d’Ele e alegria da sua alma.

Márcio Celso 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2025, ano 35 nº 135 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Mordomia Cristã – A Gratidão e Fidelidade na Administração dos Recursos que Deus nos Confiou – Bispo Oídes José do Carmo.

Lição 03 - 20 de abril de 2025 - Slides

Participando com consciência e alegria da manutenção do serviço

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quinta-feira, 10 de abril de 2025

Lição 02 – 13 de abril de 2025 – Editora BETEL

A proposta de Faraó: um convite ao compromisso ou uma armadilha para a fé?

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HINOS SUGERIDOS

Hino 225

Hino 227

Hino 253 ♫


♫ Hino 289 ♫

A Proposta Enganosa de Faraó: Um Olhar sobre a Excelência na Missão de Moisés 

Entre as narrativas mais impactantes do Antigo Testamento está o confronto entre Moisés e Faraó, registrado no livro de Êxodo. Trata-se de uma sequência dramática de eventos que revelam o embate entre a vontade de Deus e a obstinação de um coração endurecido. No centro dessa história está uma proposta aparentemente razoável feita por Faraó, mas que escondia uma armadilha: permitir que os israelitas fossem ao deserto adorar a Deus, desde que deixassem para trás o gado e as ovelhas. A resposta de Moisés a essa proposta é um exemplo de zelo, discernimento espiritual e compromisso com a excelência na obediência a Deus.

A Proposta de Faraó

Após uma série de pragas enviadas por Deus para convencer Faraó a libertar o povo de Israel, ele finalmente cede parcialmente. Em Êxodo 10:24, Faraó diz a Moisés:  “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem as vossas ovelhas e o vosso gado; vão também as vossas crianças convosco”.

À primeira vista, essa oferta parece generosa. Afinal, Faraó está permitindo que os homens, mulheres e crianças deixem o Egito para prestar culto a Deus no deserto. Mas ao impor a condição de que os animais ficassem, ele está limitando a adoração dos israelitas de maneira sutil e perigosa.

Os animais não eram apenas propriedade ou fonte de sustento. Eles representavam parte essencial do culto a Deus. Os sacrifícios exigidos por Deus na antiga aliança envolviam cordeiros, novilhos e outros animais, conforme prescrito na Lei de Moisés — que mais tarde seria dada no Monte Sinai. Sem o gado, os israelitas não poderiam realizar os sacrifícios exigidos, e, portanto, sua adoração seria incompleta, vazia.

A Astúcia da Proposta

A proposta de Faraó é traiçoeira porque visa minar a essência da adoração sem parecer uma negação direta. É uma típica estratégia do inimigo: permitir a aparência de obediência enquanto rouba o seu conteúdo. Em outras palavras, Faraó quer que Moisés e o povo façam o que parece certo — sair para adorar — mas sem os meios necessários para obedecer plenamente a Deus.

Essa é uma lição espiritual profunda. Quantas vezes, ainda hoje, os cristãos enfrentam tentações semelhantes? O mundo não se opõe abertamente à fé, desde que ela seja superficial, inofensiva, vazia de compromisso. A proposta de Faraó representa o tipo de concessão que visa domesticar a fé, transformando a adoração em um ritual simbólico, separado do sacrifício verdadeiro e da entrega total.

A Resposta de Moisés

Moisés rejeita a proposta de maneira firme e esclarecedora. Em Êxodo 10:26, ele responde:  “Também o nosso gado há de ir conosco; nem uma unha ficará, porque daquele havemos de tomar para servir ao Senhor nosso Deus; porque não sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que cheguemos lá”.

Esta resposta revela várias virtudes de Moisés que merecem destaque:

1. Zelo pela adoração verdadeira: Moisés sabia que adoração sem sacrifício era incompleta. Ele entendeu que a obediência a Deus exige totalidade — corpo, alma, recursos, tudo deve estar disponível para o Senhor.

2. Discernimento espiritual: Moisés percebeu a armadilha escondida na proposta. Ele não se deixou seduzir por uma “meia liberdade”. Sabia que adoração parcial é desobediência disfarçada.

3. Compromisso com a excelência: Ao afirmar que “nem uma unha ficará”, Moisés demonstra sua total dedicação ao cumprimento da missão conforme Deus ordenou. Não haveria atalhos. Nada ficaria para trás, porque tudo pertencia a Deus e deveria estar disponível para Seu uso.

4. Fé e dependência: Ao dizer “não sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que cheguemos lá”, Moisés reconhece sua total dependência de Deus. Ele não tenta antecipar ou limitar o que Deus poderá exigir. Está pronto para obedecer, mesmo sem saber todos os detalhes.

Aplicações para os Dias de Hoje

A atitude de Moisés ensina importantes princípios para quem deseja servir a Deus com integridade:

● Não aceite concessões espirituais que comprometem a essência da fé. O mundo pode oferecer uma aparência de liberdade, mas que retém os elementos fundamentais da verdadeira adoração.

● A verdadeira adoração exige entrega total. Assim como os israelitas precisavam de seus animais para sacrificar, hoje o cristão é chamado a oferecer tudo o que tem — dons, tempo, recursos — para o serviço do Senhor.

● Excelência na missão é não deixar "nem uma unha" para trás. O zelo de Moisés nos inspira a cumprir nossa missão com atenção aos detalhes, sem negligência, sem pressa, com reverência.

● Discernimento é essencial. Nem toda oportunidade vem de Deus. Algumas ofertas são apenas iscas para desviar o propósito. Moisés discerniu a proposta de Faraó e manteve-se firme na direção divina.

● Deus quer obediência completa, não parcial. Faraó tentou negociar com Deus, mas o Senhor não aceita barganhas. Ou é tudo, ou é nada. Moisés entendeu isso e nos deixou esse exemplo de fidelidade.

Conclusão

A proposta de Faraó a Moisés é um retrato das muitas formas com que o inimigo tenta enfraquecer a fé do povo de Deus. Moisés, com discernimento e zelo, recusou qualquer concessão que comprometesse a integridade do culto ao Senhor. Ele entendeu que Deus merece o melhor, o completo, o total. E, por isso, exigiu que o povo, o gado, as ovelhas — tudo — fosse com ele para o deserto.

Neste exemplo, aprendemos que servir a Deus não é apenas sobre “ir”, mas sobre “como ir” — com tudo o que somos e temos. Moisés nos ensina que a missão deve ser cumprida com excelência, e que adoração sem sacrifício não honra ao Senhor.

 Márcio Celso 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2025, ano 35 nº 134 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Mordomia Cristã - A Gratidão e Fidelidade na Administração dos Recursos que Deus nos Confiou – Pr. Amarildo Martins da Silva.